28.10.06

COMUNICAÇÃO

"O que há de mais terrível na comunicação é o inconsciente da comunicação".
Bourdieu



Introdução

Propositadamente o título deste trabalho é uma citação. Não que tenha directamente a ver com todo ele, porque este foi feito ao contrário, isto é primeiro escrevi e depois decidi atribuir-lhe um título, mas dizia eu, é uma citação que me despertou muito interesse e preocupação e que no fundo, no subconsciente está sempre presente. Isto é funciona como o sinal vermelho.
Não sou especialista em comunicação, sou profissional de educação física, mas curiosamente tenho feito inúmeras experiências na área da comunicação, não só na feitura de vários trabalhos para a imprensa em geral mas também por várias vezes assumindo o papel de coordenação ou do Jornal da Escola ou do Clube de Jornalismo em contexto escolar.


I. A Civilização da Comunicação

Constitui um lugar comum afirmar que a vida moderna é invadida pelo ruído e, em todos os graus de intensidade, força e abundância, pela palavra. No entanto, é verdade que se fala muito na nossa civilização. Todavia, não se deve concluir apressadamente que se está perante uma civilização da "comunicação" e do diálogo.
O certo é que nunca se ouviu falar tanto e nunca se falou tanto como agora. Difundida, amplificada, irrigada pelos meios técnicos mais poderosos ou mais discretos, mais colectivos ou individuais, mais gigantescos ou miniaturizados, a palavra serve-se de todas as vias e dimensões para se expandir.
A uma civilização do silêncio parece ter sucedido uma civilização da palavra; mas, ao mesmo tempo a uma civilização da conversação parece ter sucedido a civilização do monólogo.
A palavra servia noutros tempos para transmitir ideias, intenções, convicções. Servia para exprimir sentimentos, isto é, formulá-los, explicá-los, justificá-los. E estas permutas, das quais não era excluída a argumentação, faziam-se no decorrer de conversas mais ou menos íntimas.
Não sucede o mesmo actualmente. Já não são apenas ideias ou sentimentos que se transmitem pela palavra. São coisas, bens ou produtos. Além disso a palavra já não implica necessariamente a presença mais ou menos distante de dois ou vários interlocutores. É toda a gente que fala a toda a gente, ou ninguém que fala a ninguém. A relação de comunicação que toda a linguagem pressupõe reduz-se à sua forma e conteúdo.
Não obstante, é preciso reconhecer que, se a palavra bloqueia a nossa sociedade, não é sempre com efeitos negativos que o faz. Nunca se exprimiram, falando ou cantando, tantos sentimentos, desgostos, sonhos ideias, realidades, que, outrora, ficavam prisioneiros dos livros ou dos salões. Não está provado que a rádio e a televisão tenham morto por toda a parte a conversação.
A sociedade é dominada pelos imperativos económicos de que o principal é a rapidez da distribuição.
Há muito tempo que os pedagogos compreenderam que a escola devia não só instruir, mas também educar. Se a educação foi muitas vezes confundida com diversas formas de adestramento, de adestramento intelectual sobretudo, não faltaram reformadores para exaltar a libertação do indivíduo, para castigar o excesso de cerebralidade que caracterizava a pedagogia tradicional, para reclamar o respeito da espontaneidade infantil e para substituir os objectivos estritos da escola tradicional pelo desenvolvimento da personalidade.
Ao fazer isto, julgava-se estar a trabalhar para a realização e felicidade do indivíduo, porquanto o objectivo da escola já não era apenas formar bons alunos, mas formar homens, preparando-os para a vida social, intelectual e moral contemporânea. Este ideal deixava de ser um tema literário graças aos progressos da psicologia, nomeadamente da psicologia da criança, e podiam conceber-se meios pedagógicos melhor adaptados à natureza das crianças, porque estas começavam a ser melhor conhecidas.
Foi assim que, sob formas diversas e com resultados mais ou menos felizes, a escola básica inicialmente e, muito mais tarde e com mais discrição, o ensino técnico se propuseram fazer entrar no projecto escolar fins que pareciam ter sido durante muito tempo afastados dele: - a preocupação da vida e a preocupação do concreto.
Mas na nossa sociedade actual, em que se fala tanto e onde se fala tanto para não dizer nada, ninguém se dirige seriamente aos jovens. Ninguém os escuta. Ninguém os chama. Contentamo-nos em ocupá-los, guiá-los, dirigi-los, comandá-los. Talvez seja da competência dos professores criar para os seus alunos, e porque não também para os outros, essa sociedade em que se falaria para dizer alguma coisa, para dizê-lo bem, em que a linguagem oferecida e aceite, oferecida e reassumida, permitisse aos homens sobrevir.


II. A Tecnologia

Creio que já podemos verificar que a sociedade da comunicação está, se quisermos ver, a transformar-se em sociedade pedagógica. Doravante a televisão é uma escola, o jornal é uma escola, a rua é uma escola. Estamos cada vez mais, a orientarmo-nos para uma forma de sociedade em que a formação será contínua, até à idade da reforma, e, deste modo, ela poderá acompanhar a profissão. Será pois necessário que o saber vá ter com elas, mais do que elas com o saber. Existem não só distâncias espaciais como também financeiras, psicológicas, sociais. O problema está em vencê-las. E se calhar será preciso pensar seriamente na formação do corpo docente tendo em conta o atrás exposto. Tudo isto implica que se utilizem sistemas técnicos que já temos à nossa disposição, correio electrónico, fax, televisão por cabo, que ainda não utilizamos tão frequentemente no ensino na escola.
As novas tecnologias, actualmente em desenvolvimento, permitirão a pessoas de todos os escalões etários e sócio-económicos aprender qualquer coisa, onde quer que seja, quando quer que seja, com óptimos resultados:
· "Sofia, 8 anos de idade, está em casa, debruçada sobre o seu computador. Perante os seus olhos, um formigueiro está a invadir um jardim. Os insectos vão à procura de alimentos: grãos, larvas,... e têm de escapar aos perigos que os ameaçam – aranhas ou restos de insecticida; se as provisões faltarem, o formigueiro definhará e acabará por desaparecer. Sofia não se limita a observar, é ela que guia as formigas para novas reservas, escavando galerias. No quarto ao lado, Laura a sua irmã de 19 anos, estudante de literatura contemporânea, descobre um poema do músico John Cage através do seu computador, que está equipado com um leitor CD-ROM. Antes de ler o texto transcrito no monitor, pode ouvir uma leitura feita pelo próprio autor e assistir a uma entrevista filmada em vídeo. Assim que acaba cede o computador ao irmão Daniel, que está a estudar engenharia e quer fazer um modelo baseado no problema mecânico em que está debruçado há várias horas. Daniel instalou um programa que lhe permite desenhar um esboço do problema em causa: duas massas a deslizar sobre um plano inclinado e ligadas por molas, quer entre si quer a uma superfície fixa. Nela estão indicados as massas, as velocidades e todos os parâmetros necessários. Em seguida, carregando no rato, como que por magia, o ecrã anima-se e mostra o movimento descrito pelo sistema. Mais tarde a mãe Filomena, quando chega a casa vai de imediato ligar a Internet pois dentro de alguns minutos iniciará mais uma sessão de uma Acção de Formação, para progressão na sua carreira."
Isto já não é ficção. Tudo pura realidade. Mas o futuro anuncia ainda mudanças muito mais radicais. O telemóvel com imagem já aí está.

III. O Jornalismo

A redescoberta do poder do jornalismo surge, curiosamente, ao mesmo tempo que a redescoberta dos poderes públicos. Hoje é impossível negar a importância da actividade jornalística na formação de uma concepção do mundo adequada aos grandes consensos e na construção dos sistemas de relevância dos actores sociais. Porém, simultaneamente não é possível deixar de abandonar os pressupostos clássicos de alguma teoria crítica para ter em conta uma visão mais complexa das situações de interesse, de conflitos e de poderes nas sociedades capitalistas avançadas.
Um pouco por toda a parte, ao lado do reconhecimento do poder dos media, surgem movimentos académicos e sociais – como "media literacy" – tendendo a educar as pessoas no sentido de acederem, avaliarem e produzirem mensagens mediáticas e que visam transformar os recipientes passivos de mensagens mediáticas em conhecedores habilitados das tecnologias relacionadas com os media, designadamente verificando a sua capacidade para manipularem audiências e introduzirem novos temas. Neste movimento, que se faz sentir de forma generalizada nos Estados Unidos, mas também na Inglaterra, Escócia, Canadá, Austrália, Suécia e Espanha, cada vez se enfatiza mais a necessidade de saber que tipo de conhecimento, atitudes e competências se tornaram essenciais para se ser um cidadão na idade dos media. Ou seja, a liberdade de expressão, cuja defesa é uma exigência democrática incontornável, requer jornalistas e públicos bem preparados e exigentes. Se o sacrifício da liberdade de imprensa é impensável, esta tem de ser confrontada com a possibilidade de públicos mais exigentes e participativos. A tomada de consciência desta realidade pode, deste modo, traduzir-se em duas consequências. Por um lado, verificar-se-á o aumento da resistência do público, o qual pode tornar-se cada vez mais interventor em relação ao monopólio dos mecanismos de produção simbólica. Esta parece ser uma dinâmica social que, apesar de todas as contradições, parece tomar novo fôlego: a exigência de educação para os media, a criação de observatórios de imprensa, a multiplicação de organizações que procuram reflectir sobre as consequências do poder dos media sobre a liberdade dos cidadãos. Por outro lado, parece evidente que quem escreve sobre o mundo tem que lançar um olhar, ganhando, nomeadamente, uma crescente consciência crítica sobre os seus próprios instrumentos profissionais. A complexidade crescente das sociedades exige outros saberes que permitam ultrapassar o digníssimo saber de experiência feito. Os problemas inerentes à legitimidade da profissão, as especializações crescentes, a mundialização da indústria cultural, a complexidade cada vez maior das sociedades e as responsabilidades sociais que incumbe à imprensa fazem com que o jornalista não reduza os seus saberes ao conhecimento do livro de estilo, à capacidade narrativa, ao uso do prontuário a ao domínio da língua portuguesa.

IV. Os Media e a Sociedade

Dos anos oitenta para os anos noventa o jornalismo evoluiu muito, não só em Portugal mas também no mundo. As fronteiras da actividade diluíram-se. Marketing, audiências e informática, em todas as organizações noticiosas, design e infografia, especificamente na imprensa, foram palavras que, para o bem e para o mal, se instalaram no vocabulário jornalístico e no dia a dia das redacções, acompanhando fenómenos paradoxais, como o da homogeneização dos conteúdos e da segmentação das audiências ou o da desregulamentação dos meios de comunicação e da sua concentração pró-monopolista e oligopólica.
No mundo no início dos anos oitenta, não se adivinhava a globalização exponencial de um fenómeno reservado a iniciados como era a Internet, onde não há orgão de comunicação que se preze que não tenha uma edição on line e através da qual muitos jornalistas obtêm informação a que dificilmente teriam acesso de outro modo.
No nosso País, no início dos anos oitenta não existiam jornais como O Independente ou o Público, nem rádios como a TSF ou a miríade de rádios locais e regionais. Não existiam estações privadas de televisão como a SIC, nem televisões por cabo. O aparecimento de televisões regionais e locais ainda não tinha sido contemplado na lei portuguesa. Não se falava tanto de sensacionalismo nem de exploração gratuita das emoções devido à luta pelas audiências. Não se falava da eventual necessidade de uma Ordem de Jornalistas. Não tinha havido ainda um caso Taveira nem os computadores tinham chegado às empresas, obrigando a dolorosas reconversões e, na imprensa, também ao despedimento de muitos tipógrafos. Talvez não se falasse tanto de ética e deontologia, a não ser para reclamar pluralismo à RTP e para bater no estafado dogma da objectividade e do seu modelo correspondente de separação entre informação e opinião, apesar de já se sentir que gradualmente os jornalista se estavam a apropriar do campo da análise.
A relação dos media com a sociedade tem vindo a estreitar-se mais e mais, sendo hoje impensável a sociedade actual sem os media que a informam, a condicionam e a determinam na sua organização, nos seus fins, nas suas políticas, e na sua auto-análise e avaliação. Os modelos de comunicação correspondem a diferentes modelos de sociedade. Cada regime escolhe o seu modelo de comunicação ou é por ele determinado. Um regime político totalitário, por exemplo, é incompatível com uma imprensa livre. Os fins que um se propõe estão intimamente relacionados com os fins do outro.
Os meios de comunicação podem e devem desempenhar um papel central na superação da crise da sociedade hodierna, que é sobretudo uma crise de conflitos de valores, apontando os fins últimos e trabalhando em ordem a realizá-los no dia a dia. Antes de mais, é preciso recuperar aqueles valores humanos, tão naturais para os nossos pais , como a honra, a fidelidade, a benevolência, a generosidade, a misericórdia, e que com a rápida evolução económica, social e cultural quase desapareceram do nosso quotidiano. É preciso que a forma como os media comunicam tenham em atenção esses valores, olhando o mundo e o ser humano como realidades dispostas ao bem e à verdade. Ou seja, é preciso que a informação do slogan, do espectáculo, do escândalo, do mau gosto e da violência, tenha o repúdio dos novos comunicadores, de pessoas lúcidas, com vistas largas.
É certo que os fins não justificam os meios, mas os meios ainda menos justificam os fins. Ora é isto que acontece hoje numa comunicação de consumo, virada para a satisfação da curiosidade informativa e para a diversão. Desde que as audiências sejam altas, vale tudo. A sociedade actual e a comunicação que é hoje uma das suas traves mestras têm de se reconsciencializar dos seus fins, daquilo que efectivamente lhes dá o sentido. E esse sentido só pode advir dos valores da unidade, da verdade, da bondade e da beleza, que determinam todos os entes no mais fundo do seu ser.


V. O JORNAL ESCOLAR – Uma experiência na Escola B 2.3 Mestre Domingos Saraiva no Algueirão.

" Os grandes educadores sempre souberam que a aprendizagem não se faz apenas nas salas de aula nem sob a supervisão de professores."
Bill Gates
Em 1996.1997 decide-se na Escola iniciar um Jornal. Para o título promove-se um concurso entre todos os alunos e com o parecer favorável do Conselho Pedagógico, nasce o MDS. No entanto, propostas como Jornal Jovem, Diário Escolar, As Melhores Notícias, A Janela Mágica, O Mundo da Lua e Saraivada foram também fruto de menções honrosas.
Na nossa perspectiva a existência de um Jornal de Escola, justificava-se se o envolvimento em seu redor fosse efectivamente mobilizador de todos os intervenientes da Comunidade Escolar. Dos professores aos Alunos, dos Familiares aos Funcionários, dos Privados aos Organismos e Entidades Oficiais.
Organizou-se então um Clube de Jornalismo tendo em vista a interdisciplinaridade, a ligação Escola – Meio, a concretização de saberes através de actividades multidisciplinares e que conduza no futuro os alunos a exercerem uma cidadania responsável. O Clube assenta nos seguintes pressupostos:
1. Porque a Escola é jovem, dinâmica, perspectivada para o futuro, pretendendo promover a qualidade e a inovação na educação.
Porque a Escola deve servir a realidade local e dispõe de recursos humanos, materiais e tecnológicos.
Porque cabe ao Sistema Educativo o papel de animador e Criador de situações que facilitem a aprendizagem.
Porque escrever é uma actividade comunicativa com sentido social.
Porque vivemos numa sociedade dominada pelos "media".
Porque o futuro passa pelas tecnologias de informação.
Com o Clube de Jornalismo, pretende-se:
a. Manifestar sensibilidade aos problemas da Escola e da Comunidade e participar de forma construtiva em projectos de Escola, evidenciando consciência de sentido da sua intervenção.
Respeitar regras básicas de organização democrática na sua actuação dentro do grupo.
Manifestar abertura e confiança nas relações interpessoais, na realização de tarefas, mobilizando a experiência e as competências adquiridas para superar as dificuldades.
Revelar capacidades de adaptação a situações novas, evidenciando progressiva autonomia e esforço pessoal.
Concretizar iniciativas e fazer opções perante alternativas diversas, relativas a projectos, actividades, modos de trabalho, situações problemáticas, conduzindo à responsabilização pelas escolhas efectuadas.
Respeitar compromissos na realização das tarefas necessárias.
Utilizar técnicas de recolha e tratamento de informações, servindo-se com oportunidade de recursos audio – visuais e informáticos disponíveis.
Utilizar processos de aperfeiçoamento dos escritos em língua portuguesa para resolver problemas relacionados com a intencionalidade e adequação comunicativas.
Comunicar criativamente factos, sentimentos, vivências seleccionando os meios em função da adequação comunicativa e dominando técnicas de expressão.
Cada número do MDS, obedece a uma estrutura com as seguintes características:
· EDITORIAL - construído pelos alunos, simples e normalmente com uma mensagem.
OPINIÃO – Página do adulto para a Comunidade-
DESTAQUE - Assunto do momento, selecção e tratamento do Clube de Jornalismo.
ENTREVISTA – Trabalho integral dos alunos, da preparação ao texto final, passando pela condução da entrevista.
PÁGINAS ESPECÍFICAS – colaboração de Professores e Alunos de diferentes turmas e disciplinas, bem como de diferentes temas.
COLABORAÇÃO DIRECTA DOS LEITORES – Resultado da correspondência estabelecida, bem como da vontade dos alunos.
NOTÍCIAS informação vária da Comunidade e de várias proveniências.
SUPLEMENTOS ESPECIAIS – trabalho produzido integralmente por grupos específicos ( ambiente, jornalismo, ...)
FICHA TÉCNICA
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Numa sociedade em profundas mudanças, o que justifica plenamente o sentido da Escola é sem dúvida o desenvolvimento, nos alunos, do sentido crítico e criativo sobre a actualidade, para que eles mesmos possam construir o seu próprio amanhã.


A terminar uma citação de Manuel Carlos Chaparro, Professor de jornalismo no Brasil:
" O jornalismo é um tipo de actividade sem finalidade própria. Existe em função da cultura e dos processos sociais. Coisas muito maiores que o jornalismo. Além disso jornalismo não pode Ter ambições de construir sociedades. Isso pertence aos processos culturais. Jornalismo e Jornal não é a mesma coisa. O segundo é negócio. Mas para existir o primeiro tem de haver o segundo..."



BIBLIOGRAFIA

Raimundo, Orlando - A Linguagem dos Jornalistas, Ed. Acontecimento 1996
Correia, Carlos - Televisão Interactiva, Ed. Notícias 1998
Oliveira, Isabel e outros - A Integração dos Media nas Práticas Educativas, IIE 1997
Vieira, Ausenda e outros - Jornais Escolares, IIE 1996
Santos, António e outros – O Jornal Escolar, Ed. Correio Pedagógico 1995
Kunsch - Comunicação e Educação, Caminhos Cruzados, Ed. Loyola 1986
Crato, Nuno - Comunicação Social – a Imprensa, Ed.Presença 1989
Araújo, Silva - Vamos Falar de Jornalismo, Ed. DGCS 1988
Agnés, Jean e outros - Apprendre avec la presse, Ed. Retz 1988E muitos, muitos jornais...



Carlos Garcia